Como o corpo reage à violência urbana — e que atitudes aumentam ainda mais o risco

  • 06/04/2025
(Foto: Reprodução)
Numa situação de ameaça iminente, o corpo ativa um sistema de defesa primitivo chamado resposta de 'luta ou fuga'. O cérebro ativa o modo instinto. Paulistanos que reagiram a roubos dizem que foi por instinto O Fantástico aborda um assunto que está por toda parte: no grupo do bairro, do condomínio, da família. Todo dia, toda hora, a gente vê cenas de violência registradas por câmeras. Como encarar as ruas com a sensação de insegurança lá em cima? Quais atitudes podem nos colocar numa zona de risco ainda maior? Numa situação de ameaça iminente, o corpo ativa um sistema de defesa primitivo chamado resposta de 'luta ou fuga'. O coração dispara, a respiração acelera, a adrenalina sobe, as pupilas ficam dilatadas e os músculos se contraem. O cérebro ativa o modo instinto. Rodrigo Grassi, professor de psiquiatria/PUC-RS e Aarhus-Dinamarca, explica: "O corpo, no estado instintivo, ele acaba funcionando muito mais como uma estratégia fisiológica de manter essa espécie viva do que necessariamente fazer um planejamento estratégico de que aquilo ali seria benéfico ou não benéfico para a sobrevivência do indivíduo. Pessoas que já estão vivendo uma situação crônica de estresse, de exposição a situações adversas, a gente sabe que esses mecanismos ficam ainda mais intensos". Como o corpo reage à violência urbana — e que atitudes aumentam ainda mais o risco Reprodução/Fantástico É o que aconteceu com um analista financeiro em São Paulo - ele não quer ser identificado. Seis meses depois de levar um tiro no braço durante uma tentativa de assalto na zona sul da capital paulista, ele presenciou um casal de pedestres sendo assaltado por dois ladrões de moto e atropelou os criminosos. Um deles conseguiu fugir. O outro acabou preso. "Quando eu liguei o carro, o intuito era sair. Não foi, por exemplo: ah, eu vi o assalto e vou jogar o carro em cima. Você pensa, putz, eu vou ser o próximo. É autopreservação primeiro", recorda. Ele apenas machucou o nariz. Um desfecho diferente do que ocorreu com o arquiteto Jefferson Dias Aguiar. Ele atropelou um assaltante naquela mesma terça-feira, no Butantã, zona oeste de São Paulo. Jefferson passava pela rua quando viu uma mulher sendo assaltada por um bandido armado. Enquanto um criminoso de moto roubava a aliança e o celular da vítima, outro dava cobertura, mais adiante. Uma câmera mostra o momento em que o carro de Jefferson atropela o ladrão. O bandido consegue se levantar, saca a arma e atira contra o arquiteto, que cai. Um amigo, que estava no banco do carona, consegue correr. O criminoso larga a moto e foge a pé. Hugo dos Santos Araújo, de 20 anos, apontado pela polícia como autor dos disparos, se entregou na última sexta. O comparsa está foragido. Hoje a violência é a maior preocupação dos brasileiros segundo pesquisa Quaest divulgada nesta semana. É a primeira vez desde o início da série histórica, em que ela aparece isolada no topo. O caso do arquiteto foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte. Na cidade de São Paulo já houve pelo menos nove crimes desse tipo nos dois primeiros meses deste ano, 25% a menos que no mesmo período do ano passado. ""Olha, toda estatística positiva tem que ser comemorada, porque ela é resultado de alguma, de algum, de alguma política, de algum ato, de algum fato. A gente acompanha, a gente vive na cidade de São Paulo, então a gente vê que realmente o apelo maior da sociedade, das pessoas é roubo a bordo de motocicleta. Polícia, olha a polícia como órgão investigativo tá fazendo a sua parte, tá tentando fazer a sua parte, que é nos dedicar ao máximo para esse tipo de crime.", diz Ronaldo Sayeg, diretor do Deic da Polícia Civil de São Paulo. ""Você precisa de mais pessoas, você precisa usar mais tecnologia, você precisa de um patrulhamento mais inteligente", afirma Rafael Alcadipani, professor de segurança pública da FGV-SP. Ouça os podcasts do Fantástico ISSO É FANTÁSTICO O podcast Isso É Fantástico está disponível no g1, Globoplay, Deezer, Spotify, Google Podcasts, Apple Podcasts e Amazon Music trazendo grandes reportagens, investigações e histórias fascinantes em podcast com o selo de jornalismo do Fantástico: profundidade, contexto e informação. Siga, curta ou assine o Isso É Fantástico no seu tocador de podcasts favorito. Todo domingo tem um episódio novo. PRAZER, RENATA O podcast 'Prazer, Renata' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito. Siga, assine e curta o 'Prazer, Renata' na sua plataforma preferida. BICHOS NA ESCUTA O podcast 'Bichos Na Escuta' está disponível no g1, no Globoplay, no Deezer, no Spotify, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Amazon Music ou no seu aplicativo favorito.

FONTE: https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2025/04/06/como-o-corpo-reage-a-violencia-urbana-e-que-atitudes-aumentam-ainda-mais-o-risco.ghtml


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